quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Banha de porco.

Não quero sentir o meu corpo mergulhado em óleo, mas de cada vez que passo a palma da minha mão por ele, sinto ódio de o ter, só me apetece enrola-lo num lençol branco e pô-lo num caixote.
Ficar somente com cabeça.
Não tenho razão para me lamentar, mas sinto-me uma embalagem de banha de porco fora da validade ,cheia de bolor, parece uma floresta mal cheirosa e assombrada.
Não consigo matar a mosca que está dentro de mim, sempre com o mesmo zum zum, que serve de impedimento para tudo, é como se eu tivesse um bebé,tenho de lhe dar o leite, tirar os detritos da fralda mal cheirosa.
Tenho pena de não ser um avião, ou uma bomba é pena não ter olhos azuis e 1.80 m.
Em vez disso sou , a Angelina Jolie , cá de casa , só que em versão elefante.
Coloco as mãos nos meus seios aperto-os com tanta força até doer, o mesmo é feito ás minhas ancas, gordas com celulite.
Para quê perder tempo com isto?
Quero viver, viver, viver e viver, nem que seja só com o meu Zé Carlos, e com as idas ao yoga de barriga cheia e com as idas ao café dos machos que ficam babados com rabo mais ou menos jeitoso e com uns seios tipo balão, vai-se lá com uma agulha e lá se vão os estimados seios.
Uma murraça naqueles rostos decadentes que até iam de lado.

4 comentários:

Matilde Cê disse...

Deixa-me amar-te.
Deixa-te amar-te.

(L)

Matilde Cê disse...

Deixa-me amar-te.
Deixa-te amar-te.

(L)

as velas ardem ate ao fim disse...

Vim por curiosidade até aqui...


um abraço.

Rato Grande disse...

Cuidar do nosso corpo é que o torna bonito. Acariciá-lo faz com que se sinta bem.

Todos os dias, depois de me pentear, o pente ficado cheio de cabelos e eu preocupava-me. No outro dia, penteei-o com tanto cuidado, com tanta delicadeza que não caiu um fio. E ficou fantástico!